ABERTURA DA VIGÉSIMA EDIÇÃO DO PRIMEIRO PLANO

Dá tempo. Em tempo. Há tempo? Ah, o tempo. Esse danado que nos escorre pelos dedos. Nos últimos tempos, enfrentamos o desafio de  produzir cultura.Dizemos “enfrentamos” porque não é apenas uma luta vivida pelo Primeiro Plano, mas um combate diariamente enfrentado por quem ainda sonha em promover a cultura em nosso país. 

Com alegria, colocamos no ar uma edição mais encorpada, com mostras, oficinas, debates e premiações características da nossa trajetória ao longo dessas 20 edições. Outra característica nossa é não parar de tentar: nossa edição de 2021 será híbrida, com exibições online através da plataforma Innsaei.tv e estreias de longa-metragens presenciais, no Cinemais Alameda, que, com carinho e cuidado redobrado com os protocolos sanitários, volta a ser casa para o nosso Festival. Uma notícia que muito nos alegra, pois voltamos com a força poderosa do encontro.

No virtual, teremos oficinas integradas de filmes com material de arquivo, abordando produção, color grading e desenho de som. Pensando na realidade atual do audiovisual, trazemos, ainda, oficinas de ficção seriada e de realização de filmes com baixo orçamento. As mostras competitivas permanecem em nossa programação, reunindo 25 curtas nacionais e da América do Sul na Mostra Mercocidades e 28 na Mostra Regional.

Retornam à nossa programação a Sessão Lanterninha, que é voltada para os pequenos amantes do cinema, e a Mostra Audiovisual de Juiz de Fora, que apresenta filmes de realizadores da cidade já consagrados no cenário nacional.

Temos novidade também. Pela primeira vez teremos a Sessão Cine Babaçu, com a exibição de curtas que resultam das oficinas de cinema do projeto Cultura na Praça, realizado em comunidades do interior do Pará e do Maranhão em 2020 e 2021.

Assim, a temática que trazemos na arte e na curadoria do Primeiro Plano 2021 aponta as dificuldades para militar em um cenário nacional tão inóspito Usamos a inspiração de cartazes antigos de cinema para marcar fatos recentes que não podem ser esquecidos: a retirada de cartazes de filmes nacionais da sede da Ancine, a extinção do Ministério da Cultura, o incêndio das cinematecas e a descontinuidade de editais importantes para a realização audiovisual. Lembramos disso A TEMPO: permanecemos sendo resistência!

ASSISTA AQUI A ABERTURA DO FESTIVAL