INSCRIÇÕES ABERTAS PARA OFICINAS ATÉ DIA 20

Estão abertas as inscrições para as oficinas do Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades, que acontece entre os dias 24 e 29 de outubro no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno. Ao todo, serão oferecidas três imersões para estudantes, profissionais e simpatizantes do cinema, totalizando 55 vagas. Os cursos acontecem entre os dias 25 e 28 de outubro, paralelo à programação de exibições de curtas e longas do festival.

Este ano, as oficinas oferecidas pela organização do Primeiro Plano são: Direção de Arte, com Emanuelle Vaccarini; Atuação e as câmeras, conduzida por Ricardo Martins; e Realização Audiovisual – arquivo memória e fabulação, por Marcos Yoshi.

Todas as oficinas são gratuitas e possuem vagas limitadas. O preenchimento das turmas levará em consideração o ramo de atividade do inscrito e a afinidade com o tema escolhido. Além disso, é importante que o interessado tenha disponibilidade de estar presente durante as imersões, que ocorrem em dias e horários distintos, a depender do tema escolhido.

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As inscrições acabam no dia 20 de outubro, às 22h.

Confira informações sobre as oficinas

 

1) OFICINA: DIREÇÃO DE ARTE

Dias: 26, 27 e 28 de outubro
Local: Anfiteatro João Carriço

Horário: 9h até 13h

Vagas: 20

Desenvolvimento de processos criativos e metodologias de atuação em direção de arte. Funções da equipe e relações com outros departamentos. Estudo de elementos pró-fílmicos para desenvolvimento do projeto visual da obra audiovisual. Materialidade do espaço cênico e suas implicações narrativas. Caracterização e composição da personagem. Os objetivos são:

• Apresentar conceitos relacionados a função da direção de arte, sua relação com outras áreas criativas e contribuição para/na realização do produto final;

• Desenvolver metodologias de atuação em direção de arte;

• Fomentar a experimentação criativa e o trabalho em equipe.

 

Emmanuelle Dias Vaccarini

Pós-doutoranda em Educação pela UNIRIO edoutora em Artes Visuais pela UFRJ, é especialista em prática e teoria da cor e design de interiores, com graduação em Artes e em Cinema, TV e Mídia Digital. Possui experiência como diretora de Arte, produtora cultural e Arte Educadora. De 2009 a 2015 trabalhou na distribuidora de filmes Curta o Curta, onde atuou como produtora de base, curadora e gerente comercial. Leciona no Centro Universitário Carioca (Unicarioca) e já foi professora na AICRJ, Unila e Instituto de Cinema de São Paulo, ocupando a cadeira de direção de arte.

 

2) A ATUAÇÃO E AS CÂMERAS, COM RICARDO MARTINS

Dias: 25 a 28 de outubro

Local: Teatro Paschoal Carlos Magno

Horário:  9h às 12h

Vagas: 20

A oficina é direcionada principalmente a atores e atrizes que buscam entender ou elaborar, através da percepção da linguagem cinematográfica, seus processos de atuação em trabalhos no audiovisual. A ideia proposta por Ricardo Martins surge de uma questão constantemente debatida em salas de ensaio: existe, realmente, uma diferença entre atuar no teatro e atuar em um set cinematográfico? Como produzir um resultado mais eficaz na participação em uma obra audiovisual?

O objetivo é investigar as formas possíveis com as quais um diretor ou uma diretora pode conduzir o seu elenco e como os atores e as atrizes, conhecendo minimamente a dinâmica da linguagem cinematográfica, podem assimilar o que está sendo proposto e potencializar o resultado.

Discutir o papel do preparador de elenco (quando houver) mais como técnico auxiliar entre os dois profissionais, do que apenas como um elemento terceirizado da direção. Ao longo da semana, os participantes irão estudar:

Ricardo Martins

Formado em jornalismo pela UFJF, iniciou sua carreira no teatro em 1992, fazendo parte de um grupo de teatro de rua. Nele, participou de vários espetáculos adultos e infantis, sempre com um cunho social e de divulgação da cultura popular brasileira. Paralelamente, integrou outros grupos, tendo atuado em espetáculos diversos, como “Alice Através do Espelho”, “Ópera do Malandro” e no solo “Anne Frank”. No Grupo Declamar, do qual foi cofundador e no qual atuou por cinco anos, fez um trabalho de resgate dos saraus que mesclavam música, poesia e contação de histórias. Ainda em Juiz de Fora, atuou em “Pela Noite”, adaptação do conto de Caio Fernando Abreu. Em 2004, transferiu-se para o Rio de Janeiro para integrar a Armazém Cia. de Teatro. Com a Cia, participou de espetáculos como “A Caminho de Casa”, “Toda Nudez será Castigada”, “Inveja dos Anjos”, “A Marca da Água”, “O Dia em que Sam Morreu” (os dois últimos, inclusive, premiados nos festivais de Edimburgo e Avignon), “Hamlet” e “Angels in America”. Participou, como ator, de diversos curtas-metragens, entre eles: “A Sombra dos Anjos”, de Rogério Terra Jr, “Abismo”, de Aleques Eiterer, “.onion”, de Maitê Lima, “A ressurreição de Lázaro não Servirá”, de Clodoaldo Lino, e “Tiro no Pé”, de Raíssa Tâmisa.  Em 2018, lançou o média-metragem “Regalo”, no qual, além de atuar, também foi roteirista e diretor. Durante os dois anos de pandemia, produziu em total isolamento, os curtas “Bile”, “Casa”, “N’Ovo” e “Inês”, e participou dos espetáculos virtuais “Parece Loucura mas Há Método I e II” e “Aves da Noite”. Em Juiz de Fora, escreveu e dirigiu o espetáculo “Meu Dia Perfeito”, um solo para o seu primeiro diretor, Marcos Marinho. E, mais recentemente, dirigiu novamente Marinho e Fernanda Cruzik, no espetáculo “Canastra Real”.

 

3) OFICINA DE REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL: ARQUIVO, MEMÓRIA E FABULAÇÃO

Dias: 25 a 28 de outubro

Local: Teatro Paschoal Carlos Magno

Horário: 9h às 12h

Vagas: 15

O objetivo da oficina é estimular os/as participantes a encararem o material de arquivo, seja ele doméstico ou público, como impulso inicial para concepção de projetos audiovisuais. Abordar o arquivo de forma transversal por meio de sua potencialidade histórica, afetiva, estética e política. A oficina consiste na exibição e debate de filmes, na proposição e elaboração individual, ou coletiva, de ideias para futuros projetos audiovisuais, e no compartilhamento dos projetos dentro do grupo. Apesar de possível, não será necessário produzir os filmes durante a oficina. 


Marcos Yoshi

É sansei, terceira geração de descendentes de japoneses. Estudou cinema na Universidade de São Paulo, onde dirigiu e roteirizou os curtas de ficção “Aurora” (2010) e “Quando o Céu Desce ao Chão” (2012), seu filme de graduação, exibido e premiado no circuito de festivais universitários. Desde 2016, se dedica à pesquisa do documentário autobiográfico e do filme-ensaio. Logo após completar o mestrado, em 2018, ingressou no doutorado, ambos realizados na Escola de Comunicações e Artes (USP). Em 2020, lançou o curta híbrido “Aos Cuidados Dela”, que estreou na Mostra de Cinema de Tiradentes, e foi o grande vencedor do Curta Taquary. “Bem-vindos de Novo” (2022), seu primeiro filme de longa-metragem, estreou na Mostra de Cinema de Tiradentes, tendo sido exibido em festivais de cinema de 8 países, com lançamento em salas de cinema em 2023. Em seus próximos projetos, planeja continuar aprofundando questões que deem visibilidade à experiência da população amarela no Brasil, de forma a contribuir para o debate nacional de temas fundamentais à sociedade contemporânea.