Em tempos de peste, é proibido escarrar nos gatos
Juiz de Fora – MG, Digital, cor, 2014, 15 min.
Em um período pós-guerras, onde a sociedade é totalmente controlada pelo Estado, uma estranha doença se espalha pelo mundo. Os principais transmissores dessa enfermidade são os gatos domésticos. As relações dos moradores de uma pequena Vila, antes amistosas e cordiais, vão se tornando conflituosas à medida que o medo da peste vai tomando conta de suas vidas.
Direção: Cláudia Rangel e João Mateus Cunha
Roteiro: Cláudia Rangel
Produção Executiva: Aleques Eiterer
Direção de Produção: Mayla Martins
Direção de Fotografia: Gabriel Brisola da Cunha
Concepção Sonora: Lucas Cavichioli, João Mateus Cunha e Cláudia Rangel
Direção de Arte: Lilian Medeiros
Trilha Musical: Chadas Ustuntas
Elenco: Sandra Emilia Costa e Eduardo Dascar
“Em Tempos de Peste é Proibido Escarrar nos Gatos” foi rodado em uma vila de JF. Quatro dias de set e umas 15 pessoas na equipe. Para conseguirmos um desconto na locação, falamos para a dona da vila, que era muito católica, que o filme era uma releitura da vida de Jesus. Claro, era mentira. O filme era sobre um vírus mortal, que começava na China e se espalhava por um mundo distópico, numa pegada meio 1984 retro futurista. Lembro que na época a gente se questionou se o roteiro não era muito “viajado”. Esta foi minha segunda e última experiência no cinema. Fiquei quase 3 semanas sem dormir. Bebi uns trinta litros de café. Achava o set um lugar sagrado. Compartilhar a construção de um universo com pessoas queridas, tendo que lidar com todas as questões práticas da criação de um filme, foi uma das experiências mais bonitas e difíceis que já tive. Hoje trabalho com tecnologia mas continuo achando o set de cinema um lugar sagrado.
João Mateus Cunha