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OFICINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS AUDIOVISUAIS, com Eduardo Cantarino

De 4 a 6 de novembro

9h às 13h | 20 vagas | Local: a definir

A oficina propõe um espaço conceitual e prático de criação, reflexão e exercício voltado ao desenvolvimento de projetos audiovisuais autorais, abordando tanto os aspectos artísticos e narrativos quanto às dimensões de produção e viabilidade. O objetivo é estimular o olhar, a escuta e a estruturação de ideias em projetos concretos – seja para curtas, longas, séries ou obra híbridas.

Entre reflexões conceituais compartilhadas e discutidas com a turma, exposição de trechos de filmes, e exercícios práticos, os participantes serão convidados a pensar seus projetos como organismos vivos, em constante diálogo entre forma, tema e contexto de produção. O percurso será dividido em três encontros, que alternam discussões conceituais, análises coletivas, exercícios práticos e momentos de escuta e partilha de processos. O objetivo é que, ao final, cada participante possa avançar em seu processo criativo e, idealmente, na concepção e estruturação de um projeto próprio.

1º encontro: Ideia, gesto e ponto de partida

Apresentação da oficina e introdução, com exibição de trechos de filmes como ponto de partida para discutir o gesto criativo, o olhar e escuta sobre o forma e conteúdo no cinema contemporâneo.

Em seguida, cada participante se apresenta e é convidado a apresentar (de forma não obrigatória) uma ideia, esboço ou interesse narrativo, abrindo espaço para reflexões sobre origem, intuição e intenção no processo de criação.

Tópicos:

2º encontro: Estrutura e viabilidade: dar corpo à ideia

A partir dos desdobramentos e materiais apresentados e criados no primeiro dia, o grupo mergulha nas dimensões narrativas e produtivas dos projetos. São discutidas as formas de desenvolver argumentos, sinopses e universos, equilibrando expressão pessoal e clareza de proposta.

Tópicos:

3º encontro: O projeto como organismo vivo

O último encontro é dedicado à leitura e discussão dos projetos em grupo, num ambiente de troca horizontal, escuta crítica, e de colaboração.

Serão abordadas as etapas de desenvolvimento, o lugar da dúvida e da reformulação, e as relações entre criação, financiamento, produção e realização.

Tópicos:

Eduardo Cantarino 

Diretor, produtor, roteirista, curador e compositor. Produziu o longa PEIXE ABISSAL (2023) – festivais de Havana, Tiradentes, Queer Lisboa (Melhor Documentário); a série /LOST+FOUND (2022), Canal Curta!, em que assina ainda direção, roteiro e trilha; o longa A MATÉRIA NOTURNA (2021) – festival Olhar de Cinema (Menção Honrosa Melhor Longa Brasileiro); o longa YORIMATÃ (2014) – Mostra Internacional de SP. É produtor executivo dos longas UMA BALEIA PODE SER DILACERADA COMO UMA ESCOLA DE SAMBA (2025) – festivais de Brasília (Melhor Filme FIPRESCI) e do Rio; AURORA (2025) – festivais Visions du Réel e Olhar de Cinema. É diretor, roteirista, montador e compositor do curta O PASSAGEIRO (2013) – melhor roteiro no V Festival de Jericoacoara. Além da realização de filmes e séries, atua em pesquisa, curadoria e produção de mostras de cinema, como: curador e organizador do catálogo de O CINEMA É NICHOLAS RAY (CCBB RJ, SP e DF), e produtor de AS MIL NOITES – O CINEMA DE PAULA GAITÁN (CAIXA CULTURAL Rio de Janeiro e Fortaleza). Pelo Sesc RJ, coordenou o projeto SESC ARGUMENTA (2018). Nascido em Juiz de Fora – MG, com base entre Juiz de Fora e Rio de Janeiro, é sócio-diretor da produtora Dilúvio Produções. Graduado em Cinema pela UFF, constrói uma trajetória que articula criação, produção e reflexão crítica no audiovisual brasileiro contemporâneo.

OFICINA DE DIREÇÃO 

Allan Ribeiro 

De 04 a 07 de novembro 

10h às 13h | 30 vagas | Local: a definir

Com uma vasta experiência em filmes híbridos, de ficção e documentários, o diretor carioca irá dividir suas percepções e propor análises fílmicas em conjunto com os participantes. Elementos da linguagem cinematográfica. Princípios de direção. O trabalho e as responsabilidades do diretor nas diferentes etapas da realização do filme e o seu relacionamento com os membros da equipe. Os filmes de baixo orçamento. Diferentes maneiras de encarar um roteiro. A concepção. Conhecimentos técnicos que ajudam o diretor. Novas linguagens, experimentos. A autoficção, a biografia cênica, a performance e o transcinema. A ideia é ampliar as possibilidades narrativas para cada um pensar em maneiras de contar suas histórias. Inicialmente serão 20 vagas para os 4 encontros de 3 horas de duração cada.

Allan Ribeiro 

Formado em Cinema na UFF (2006). Realizou cinco longas: “Esse amor que nos consome” (2012), “Mais do que eu possa me reconhecer” (2015), “O dia da posse” (2021), “Mais um dia, Zona Norte” (2023) e “Copacabana, 4 de maio” (2025) que receberam prêmios em festivais como Brasília, Olhar de Cinema e Tiradentes. Se destacam ainda os curtas “O brilho dos meus olhos” (2006), “Ensaio de Cinema”(2009), “O Clube”(2014); “Eu fui assistente do Eduardo Coutinho” (2023) e a série “Noturnas” (2016) com 46 episódios mini-documentais.

OFICINA DE DIREÇÃO DE ARTE, com Ana Paula Cardoso

De 3 a 5 de novembro

Dia 3: 14h às 18h | Dias 4 e 5: 9h às 13h | 20 vagas | Local: a definir

A oficina tem como objetivo apresentar o vasto universo da direção de arte, desde a pesquisa às escolhas estéticas e conceituais da realização de um projeto audiovisual. Como suporte para a apresentação, utilizaremos obras já realizadas pela proponente para estudos de caso.

Módulo 1 – Dia 1

Introdução e contextualização do papel do diretor de arte na obra audiovisual. As áreas que envolvem e suas especificidades. Diálogo artístico constante com diretor e diretor de fotografia e início do desenho de arte, com entendimento de seu processo.

Módulo 2 – Dia 2

Estudos de conceitos visuais e estéticos a serem abordados numa obra audiovisual: Composição e percepção espacial – linha, forma, profundidade e dimensão; Estudo de paleta de cor, texturas, e espacialidades (observação e análise de exemplos/ pranchas de projetos de arte).

Filme: Praia Formosa – Dir Julia de Simone

Filme: Enterre Seus Mortos – Dir Marco Dutra

Módulo 3 – Dia 3

Apresentação de etapas do processo da equipe de arte numa uma obra audiovisual

Ana Paula Cardoso 

Responsável pela direção de arte dos longas ENTERRE SEUS MORTOS de Marco Dutra – RT Features/Globoplay, BARBA ENSOPADA DE SANGUE de Aly Muritiba – RT Features/Globoplay, PRAIA FORMOSA de Julia de Simone (Prêmio de Melhor Direção de Arte no Olhar Internacional de Cinema de Curitiba 2024) – Anavilhanas/Mirada Filmes, A FEBRE de Maya Da- Rin (Indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021 de Melhor Direção de Arte) – 3 Enquadramento/Tamanduá Vermelho, ALEMÃO II de José Eduardo Belmonte – RT Features; O PASTOR E O GUERRILHEIRO de José Eduardo Belmonte – Mercado Filmes; DESLEMBRO de Flávia Castro (Indicada ao Prêmio ABC 2020 de Melhor

Direção de Arte), BREVE MIRAGENS DE SOL de Eryk Rocha; AOS NOSSOS FILHOS de Maria de Medeiros, GABRIEL E A MONTANHA de Fellipe Barbosa, PENDULAR de Julia Murat, CASA GRANDE de Fellipe Barbosa (Indicada ao Prêmio da Academia Brasileira de Cinema 2016 de Melhor Direção de Arte, AVANTI POPOLO de Michael Wahrmann e ASPIRANTES de Ives Rosenfeld, dentre outros longas-metragens.

Em séries, fez a Direção de Arte de NOTURNOS dirigido por Marco Dutra e Caetano Gotardo para o Canal Brasil (Indicada ao Prêmio ABC 2021 de Melhor Direção de Arte) ; das temporadas 2 e 3 da Série QUESTÃO DE FAMÍLIA dirigida por Sérgio Rezende para o Canal GNT; das temporadas 3 à 9 da Série DETETIVES DO PRÉDIO AZUL dirigida por André Pellenz e Vivianne Jundi.

De 2015 à 2021 coordenou e lecionou no curso de Direção de Arte na AIC Rio – Academia Internacional de Cinema RJ e foi do corpo docente da Escola de Cinema Darcy Ribeiro de 2005 à 2007.

OFICINA DE MONTAGEM

Francisca San Martin

04 a 06 de novembro 

10h às 13h | 20 vagas | Local: a definir

Esta oficina apresentará um panorama da montagem audiovisual desde o primeiro cinema até as novas mídias. O objetivo é refletir sobre a montagem audiovisual à luz das transformações técnicas e dos debates teóricos que as acompanharam: o princípio do cinema e as reflexões ontológicas; as teorias soviéticas na esteira das vanguardas; André Bazin e o realismo; a narrativa clássica hollywoodiana; os novos paradigmas trazidos pelo cinema digital e pelas experiências imersivas; e, por fim, os vídeos de redes sociais como espaço de experimentação de linguagem. 

A partir da análise fílmica de obras emblemáticas da história do cinema e do audiovisual, mas também de vídeos triviais produzidos para plataformas digitais, como o TikTok, a oficina explorará a trajetória da construção espacial e temporal de histórias audiovisuais por meio da montagem.

Conforme o andamento do curso permitir, poderão ser propostos exercícios práticos a serem realizados nos celulares pessoais, utilizando o aplicativo CapCut.

 

Francisca San Martin

Produtora e pesquisadora audiovisual, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP, em que investiga vídeos do TikTok pela perspectiva da linguagem audiovisual. Possui mais de vinte anos de experiência em produção audiovisual, atravessando diversos suportes, da película ao digital.